A cláusula de Non-Solicit, frequentemente presente em Acordos de Sócios juntamente com o Non-Compete, constitui um importante instrumento legal utilizado pelas empresas para prevenir riscos de concorrência desleal. Essas disposições são essenciais em situações em que um sócio deixa a organização e, ao levar consigo parte de sua carteira de clientes, pode impactar negativamente tanto a receita quanto o valuation da empresa.
A cláusula de Non-Solicit impede que ex-sócios contatem os clientes aos quais teve acesso enquanto fazia parte da empresa, especialmente aqueles obtidos por meio de recursos da organização, como leads gerados por estratégias e investimentos internos.
No entanto, a aplicação do Non-Solicit à carteira de clientes também dependerá de outras disposições estabelecidas no Acordo de Sócios. Para entender melhor os benefícios desse documento, confira a matéria abaixo:
Qual a importância do Non-Solicit?
A carteira de clientes representa um ativo de grande valor para qualquer empresa, e sua perda, principalmente em decorrência da saída de um sócio, pode afetar significativamente seu faturamento. A cláusula de Non-Solicit visa precisamente evitar que um ex-sócio, munido de informações privilegiadas sobre os clientes, utilize esse conhecimento de forma a prejudicar o valor da empresa.
Nesse contexto, é fundamental que o Acordo de Sócios estipule que, caso haja algum equity a ser indenizado, o montante referente à carteira de clientes que não se enquadrem na cláusula de Non-Solicit e que sejam transferidos deve ser descontado do valor total a ser pago ao ex-sócio. Em outras palavras, o valor da carteira de clientes que o sócio está levando deve ser deduzido do montante final a ser indenizado.
Assim, na ausência do Non-Solicit no Acordo de Sócios, o ex-sócio teria liberdade para contatar os clientes adquiridos por meio dos recursos da empresa e, além disso, levar consigo esses clientes. Dessa forma, ao sair da Sociedade, ele receberia um valor que não leva em conta o impacto da transferência sobre o valuation da empresa, desconsiderando a perda desses ativos estratégicos.
Desafios da Cláusula de Non-Solicit
Um dos principais desafios da cláusula de Non-Solicit está não apenas em sua aplicação, mas também na identificação de seus limites. Na prática, é difícil provar que um ex-sócio, ao contatar um cliente da empresa, teve acesso a esse cliente em virtude de sua experiência anterior na organização, e não por meio de uma nova prospecção que, por acaso, resultou em contato com esse cliente. Portanto, a precisão nos termos do Acordo de Sócios é fundamental para prevenir disputas futuras.
Conclusão
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